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Parábolas e Milagres Mc

Parábolas e Milagres Mc

Estudo dos Capítulos 4 e 5 de Marcos 

Nesse bloco, vemos uma exortação a respeito da escuta, do ouvir. As parábolas estão ligadas à questão da semente (do reino de Deus). Jesus também usa parábolas como instrumento de linguagem para a multidão, e aos discípulos, explica tudo. O Reino de Deus é mistério, mas ao mesmo tempo, deve ser revelado. Jesus ensina o Reino como elemento central. Esse bloco literário apresenta a “escuta”, o “ouvir” como a primeira atitude dos seguidores de Cristo. Note-se que o mandamento é judaico: shemá. Antes de amar ao próximo, é preciso escutar, ouvir Deus.

Parábolas

A novidade da parábola do semeador, com um só ensinamento, reside no fato de a semente produzir frutos. Há uma certeza da produção. Em série: 30, 70 e 100 por um. O Reino, que cresce como uma semente, tem força por si mesmo. No fundo, o Reino depende da fé. É necessário crer para ver. No finalzinho do bloco, fala-se do barco que é invadido por uma tempestade e tem-se o convite para atravessar para a outra margem. Todas as religiões falam de travessias, indicando, quase sempre, mudanças de rumos. Obviamente, isso supõe tempestades, turbulências, perigos. Em Mc 4, 35s Jesus está no barco dormindo. Jesus expulsa, acalma as ameaças que afetam o barco da comunidade. Acalma o mar bravio e os ventos fortes. Pergunta aos seus discípulos por que estão com medo eu não sou digno.

No início do capítulo 5 de Marcos temos um homem possuído por um espírito impuro; habitava nos túmulos, perambulava pelos montes, vivia amarrado em grilhões de ferro. Esse endemoniado feria-se a si, conhece Jesus e pergunta sobre o que tinham em comum. O espírito chama-se “legião”.

Jesus faz um conjunto de sinais depois das parábolas. Indicam as ações presentes do Reino de Deus. Em seguida, ele vai para o outro lado do mar. Está em outro lugar social, com os gentios. Aliás, é nesse ambiente estrangeiro que cura o homem com o espírito impuro. Quando ele fala que é uma legião, indica uma divisão dos soldados romanos que assim se identificava.  Também a expressão rebanhos era usada para os bandos de recrutas militares. Esse homem endemoniado está em condição de escravidão. A linguagem do texto indica que não se tratam dos mesmos personagens: porcos não vivem em manadas (mas em vara), nem pastam em montanhas. Nessa narrativa, o evangelista sintetiza dentro de uma pessoa várias formas de escravidão. A começar pelo termo impuro (escravidão religiosa), termo amarrado em grilhões (opressão econômica) e legião (indica a opressão política). Esse homem era perseguido pelo conjunto dos sistemas sociais: religião, economia e política.

Alguns casos

No caso do endemoniado, existem várias interpretações: a) psicológica, onde o endemoniado é aquele que protesta e foge; b) socioliterária, identifica o homem como uma ação simbólica pública. Um conjunto de pessoas se coloca contra o Império Romano. Jesus liberta o homem com demônio com uma proposta nova.

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Sival Soares, em 29 de abril de 2011




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