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Início da Modernidade

Início da Modernidade

Análise Geral

No período Moderno nascem os Estados Nacionais e, por consequência, a queda do regime da cristandade. Se no mundo medieval o cristianismo dominava a cultura, o modo de ser e produzir – ou pelo menos legitimava – com a centralização do Estado tem-se a presença de um chefe local (governante). Não houve uma ruptura entre Igreja e Estado no início da Modernidade. Somente no século 17 haverá uma ruptura; na verdade, uma disputa política para o Estado governar a Igreja (com nomeações eclesiásticas, controles culturais etc.). Os Estados Nacionais queriam ter mais domínios no campo religioso. É nesse período também que se dá a centralização dos negócios religiosos.

Cultura e Religião

Do ponto de vista cultural, o palco de transformações faz nascer uma outra mentalidade: não mais Deus estará no centro de tudo, mas a capacidade de pensar, a ciência, a política. Chega-se a afirmar que a religiosidade medieval cegou a capacidade crítica, a consciência dos indivíduos. Isso se radicalizará no século 18 com o Iluminismo e a Revolução Francesa. É sabido que começa nesse contexto a ênfase no indivíduo, na razão e a resistência às questões religiosas. No plano cultural, aqui se forjam aquilo que será o grande conflito entre a Igreja, o Estado e às Ciências. Na metade do século 19 haverá um grande enfrentamento entre a Igreja e a sociedade.

No plano religioso, cai-se aquela noção de que tudo se explica pela vertente religiosa. Dá-se também na Modernidade a cisão entre os cristãos: por um lado, os protestantes, por outro, os católicos. Desde essa cisão, o catolicismo continuou até os nossos dias; o protestantismo se ramificou em várias denominações (tradicionais, pentecostais, neopentecostais etc.).

Na dimensão econômica, passa-se do modo de produção feudal – onde não havia comércio, produção em série, trabalho remunerado financeiramente etc. – para uma economia de produção, que sinaliza um novo sistema econômico. No final do século 15, com o aumento populacional, as descobertas tecnológicas, uso da moeda etc., inicia a queda do feudalismo.

Renascimentos

Nasce o Renascimento com o objetivo de fazer renascer alguns ideais da cultura grega. Com ele emergem um novo modo de ser nas relações econômicas. Novas e ideias e novos valores vão influenciar nas artes, nas ciências e nas filosofias; esse novo modo de ser não aceitam mais explicações religiosas; passa-se do teocentrismo para o antropocentrismo. Mais tarde nascerá o humanismo. A hierarquia social sofrerá mudanças; não se tem mais senhor-servo, vassalo-suserano etc. Passa-se à preocupação com o indivíduo. Se antes a preocupação era social e religiosa, agora se tem uma ênfase no indivíduo e na razão. Desenvolve-se também no Renascimento, a universidade. São incluídos cursos importantes: medicina, a história, por exemplo. Isso porque já havia a teologia. Tudo isso fará surgir diferenciais que ajudarão no processo de mudanças. Os valores renascentistas encontram eco na imprensa, recém-nascida pela contribuição de Gutemberg. Começam a aparecer as grandes traduções, publicações de livros etc. Os primeiros a divulgar o renascimento são os banqueiros, papas, famílias ricas que financiam a produção artística e cultural.

Sugestão de Filme: Agonia e Êxtase (sobre a vida de Michelangelo).

O berço do Renascimento é a Itália. Grandes nomes (como o próprio Michelangelo – com a capela cistina, a escultura de Pietà, David, Moisés – Da Vinci – com Monalisa, a Última Ceia – Rafael Sânzio, com suas Nossas Senhoras e os Meninos Jesus) são italianos. Isso não significa que o Renascimento só tenha acontecido lá. Na França, têm-se algumas obras importantes: Françouar Rabelais, com seu texto Gargantua e Pantagruel, crítica aos valores religiosos do mundo Medieval; Montaigne, com suas obras pedagógicas – como Ensaios que combate a ignorância e ao modelo tradicional de educação. Na Inglaterra, que também promoveu o Renascimento, (ver filme: o Homem que não vendeu sua alma) merece destaque a obra de Thomas Morus, A utopia; Schaskpare, com suas obras literárias e teatrais. Em Portugal, destaca-se Luiz Vaz de Camões, com Os Luziadas. Na Holanda, merece ser mencionado Erasmo de Roterdã, com sua obra Elogio à Loucura que critica os abusos das autoridades religiosas.

O Renascimento científico. O espanhol Miguel de Servet, médico que inicia uma técnica de dissecação de cadáveres. Foi       queimado em praça pública. É sabido que a Igreja se opôs em vários pontos do desenvolvimento das ciências. Por essa oposição, Copérnico sofreu ao constatar que era a terra quem girava em torno do sol. O cônego sugeriu uma reviravolta cosmológica. Képler, esse luterano convicto, propôs uma popularização do heliocentrismo e das ideias fundamentais de Copérnico. Galileu Galilei também contribui nesse sentido. Chega a ser ameaçado de ir à fogueira. Em compensação, Giordano Bruno é queimado na Inquisição.

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Sival Soares, em 30 de abril de 2011 




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